Como matar uma Associação

Já li este texto em algumas publicações e achei oportuno publica-lo agora. O texto não é de minha autoria e desconheço o autor, mas tenho observado ao longo dos anos a história se repetir.

Existem algumas regras básicas que são infalíveis para o fracasso de uma Associação, uma Entidade de Classe ou, em nosso caso, um Sindicato, são elas:

1. Não frequente a entidade, mas quando for lá ache algo para reclamar.
2. Se comparecer a qualquer atividade, encontre falhas no trabalho de quem está lutando pela classe.
3. Nunca aceite uma incumbência; lembre-se, é mais fácil criticar do que realizar.
4. Se a diretoria pedir a sua opinião sobre um assunto responda que não tem nada a dizer, depois espalhe como as coisas deveriam ser feitas.
5. Não fale nada além do necessário, porém, quando a diretoria estiver trabalhando com boa vontade e com interesse para que tudo corra bem, afirme que sua entidade está dominada por um grupinho.
6. Não leia o jornal da entidade e muito menos os comunicados. Afirme que ambos não publicam nada de interessante, melhor ainda, diga que não os recebe regularmente.
7. Se for convidado para qualquer cargo, recuse. Alegue falta de tempo e depois critique com afirmações do tipo: “essa turma quer é ficar sempre nos cargos…”
8. Quando tiver divergências com um diretor, procure com toda intensidade vingar-se da entidade e boicotar seus trabalhos.
9. Faça ameaça de abrir processo ético e envie cartas ao quadro social com acusações pesadas à diretoria.
10. Sugira, insista e cobre a realização de cursos e palestras. Quando a entidade realizá-los, não se inscreva nem compareça alegando que as datas eram inadequadas.
11. Se receber um questionário da entidade solicitando sugestões, não preencha. Se a diretoria não adivinhar as suas ideias e pontos de vista, critique e espalhe a todos que é ignorado.
12. Após toda essa colaboração espontânea, quando cessarem as publicações, as reuniões e todas as demais atividades; enfim, quando sua entidade morrer estufe o peito e afirme com orgulho: “Eu não disse?”

Prof. Gilberto Bertevello

 

A Linguagem política destina-se a fazer com que a mentira soe como verdade e o crime se torne respeitável, bem como dar ao vento uma aparência de solidez”

George Orwell
(
escritor e jornalista)

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